Chegou o que era pra ser apenas um dia, uma sexta-feira de megalomania comercial. Mas tudo vem mudando. A Black Friday se tornou a maior semana de vendas da história ocidental. A data que dará partida a Black Friday 2021 é 26 de novembro, e estão vindo previsões do mercado sobre como isso irá acontecer. A Sensormatic Solutions prevê que a alta de vendas brasileiras de 2021 não será no nosso tão aguardado Natal, isso porque o Mercado está antecipando cada vez mais as datas de maior vendas do ano. Talvez, mais do que nunca, veremos mais cedo as fileiras de panetones nas prateleiras dos supermercados, assim como campanhas para fidelização de clientes.
Boa noite, quero te vender algo
A Alibaba, chinesa com foco em vendas online, quer aproveitar que o WhatsApp está em 99% dos celulares brasileiros e puxar a atenção do seu público de uma forma a controlar a sua atenção, investindo a comunicação da mídia paga para enviar o consumidor para os grupos de conversa da empresa – o chamado Private Traffic. A data que iniciou essa odisséia facilitadora de vendas foi 4 de maio: o WhatsApp Pay começou a funcionar no Brasil e a potencializar as vendas online junto ao Pix. São 51% dos brasileiros que já realizaram uma compra usando o aplicativo de conversa, e uma estimativa de 24% de novos usuários do novo método de pagamento (CX Trends 2021).
Mas existem ressalvas que poderão dificultar um pouco qualquer estratégia.
O que está acontecendo com a Black Friday 2021
A Black Friday deste ano cairá no dia 26 de novembro, e já vem criando diferentes visões quanto às vendas de uma das datas mais esperadas pelos consumidores do mundo. Iniciada no Brasil em 2010, a data sempre teve um gostinho de esquenta para outras datas comerciais de grande procura, como o Natal. Mas parece que a premiada sexta de 2021 não está sendo fervorosamente aguardada pelos consumidores. Em uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui com mais de 23,5 mil consumidores, a data que acompanha o Natal como uma das mais rentáveis do segundo semestre vem perdendo a sua aura de época de ouro das vendas. Dos entrevistados, 48,8% chamaram a data de “Black Fraude”, enquanto 27,1% nem a consideram uma boa saída para fazer compras.
Será que chega?
O que deixa ainda mais enfatizado a possível fenda nas vendas é que 79,5% dos consumidores disseram não pretender comprar na Black Friday deste ano. Somado a esses mal presságios, temos a crise do setor de transporte marítimo (elEconomista), por conta de todo o colapso mercadológico causado pela pandemia, que poderá afetar o abastecimento de produtos em épocas de grande demanda, ainda mais quando o frete marítimo vindo da China para o Brasil está entre 4 e 5 vezes mais caro (OGlobo).
Os bons e novos eletrônicos
Por outro lado, o cenário de comércio eletrônico vê a data de 2021 com outros olhos, diferentes dos que observaram a diminuição das compras no início da pandemia e dos que acreditam numa Black Friday colapsada. Com um aumento de 27,7% das compras de eletrônicos em relação a 2019, o ano passado movimentou cerca de R$ 7,72 bilhões (Neotrust/Compre&Confie), somando as vendas da Black Friday com as das CyberMonday. Sendo assim, a estimativa deste ano é de R$ 110 bilhões.
E sempre de olho…
Então, o que devemos esperar da Black Friday de 2021 é uma questão que está incerta até para o próprio mercado, mas isso não deixa de lado os preparativos para as possíveis compras na época. A pesquisa da Reclame Aqui comentada mais acima mostra que, mesmo assim, as pessoas não deixaram de ficar de olho nas mudanças de preços desses meses que antecedem a data de 26 de Novembro. Perguntados sobre o monitoramento dos valores, 66,1% disseram que estão antenados nos aumentos dos preços, enquanto os 33,9% restantes deixaram de lado a possibilidade de policiar a mudança dos valores. Mesmo assim, a wish list de compras da Black Friday 2021 já está formada, e conta com os seguintes produtos (ordem de interesse):
- Eletrônicos (soundbar, fone, etc);
- Celulares;
- Roupas e calçados;
- Notebook/Tablets;
- Linha branca de eletrodomésticos (geladeira, microondas, etc).
E quando perguntados sobre os canais de compra:
- 65,3% em lojas online;
- 18,7% em lojas físicas;
- 6,8% em redes sociais;
- 5,2% no WhatsApp;
- 4% em Lives commerces (lives de Instagram, eventos com artistas, etc).
Dados que nos deixam na dúvida sobre qual será a realidade da Black Friday de 2021. A inflação irá afetar nossas compras? As pessoas irão aproveitar para viajar?
O que você acha?
Talvez as pessoas deixem de lado as compras materiais e foquem na compra de experiências, pois é esperada uma renda 5x maior na compra de viagens comparada à Black Friday do ano passado. A de 2021 já começou! Boas compras!