O Twitch vem ganhando cada vez mais espaço no mundo da música e na vida real, mas o seu principal foco são os games. Pelo menos desde 2011.
Na verdade, a plataforma de streaming foi adaptada pelo próprio público e colaboradores, que passaram a priorizar o infinito mundo dos jogos.
O Twitch não é uma novidade no mercado de Streaming e, apesar de ter como concorrente lives sites como Youtube, Facebook e Caffeine TV, é a plataforma que mais vem ganhando a atenção das marcas , prometendo ser a linha de frente do quesito segmentação de público gamer.
E como estamos presenciando uma nova Era de consoles (Playstations 5 e Xbox Series), é o momento perfeito para que as empresas utilizem ao máximo essas plataformas.
Além de, claro, o crescimento absurdo de 100% de audiência em época de Pandemia.
Mas o pessoal não assiste gameplay em qualquer plataforma, fora a Twitch?
“Sim e não”.
Esta resposta acima é muito usada aqui no Blog da Trammit.
Afinal de contas, há concorrência para tudo. Mas, como sabemos, existem aquelas que se destacam em cada gênero de conteúdo.
Facebook Gaming, Youtube Gaming e Caffeine TV vêm tentando conquistar (e criar) novas audiências focadas em jogos.
Atualmente, com a febre do jogo Among Us, o Youtube recebeu uma chuva de lives semanais de diferentes youtubers (teve até políticos jogando) para promover a audiência gamer na plataforma.
Apesar do site sempre ter comportado gameplays e reviews de jogos, um dos idealizadores desta nova fase gamificada do Youtube foi Felipe Neto. No terceiro lugar do pódio dos canais com mais seguidores do Brasil (41,3 mi), Felipe somou milhões de visualizações nas lives do jogo que tem como objetivo descobrir quem é o Impostor que mata os outros jogadores.
Então continua sendo uma plataforma a mais de jogos….
“Sim e não”.
Brincadeira.
Sim, o sinônimo de gameplay ao vivo continua sendo o Twitch. Mesmo a plataforma tendo os seus “colaboradores famosinhos”, quem ganha destaque mesmo são os jogos.
No Youtube, por exemplo, a gente pode encontrar Deus e o mundo de conteúdos. E cada vez que você abre um vídeo nele, outros 469, parecidos ou diferentes, aparecem para serem vistos em seguida.
No Twitch, o destaque são os próprios jogos. Você escolhe qual deles quer ver e só depois opta por qual streamer (no caso, jogador) quer ver jogar.
É, parece a mesma coisa, mas não é.
O Twitch acaba ganhando na questão dos jogos por ter sua interface quase que totalmente voltada para a exibição de games.
E qualquer um pode ser streamer?
Existem requisitos para quem quer transmitir vídeos ao vivo, via dispositivos móveis.
Enquanto que no Youtube o streamer precisa ter pelo menos 1.000 inscritos, é preciso seguir uma série de regras e restrições para que se consiga realizar a transmissão.
Já na Twitch, para se tornar o chamado “afiliado” oficial, a pessoa precisa ter mais de 100 seguidores no canal e fazer transmissões frequentemente.
E é aí que a brincadeira fica séria no Twitch
Sendo afiliado a Twitch, o gamer pode receber doações, bits e receber inscritos pagos.
E como a Twitch é a líder de streaming de jogos atualmente, com mais de 103.3 milhões de horas de produção apenas no início de 2019, ela acaba sendo a principal forma de se criar renda no mundo gamer.
- As doações (ou donates) são recebidas via PayPal, através da criação de banners com CTA’s chamativos. É só o seguidor clicar que será direcionado para a página de doação.
A parte interessante (além da de receber dinheiro), é a que o Streamer tem a chance de agradecer os doadores bem na hora da transmissão, o que acaba sendo uma ótima forma de aproximação com o público.
Uma curiosidade: a maior doação da plataforma foi de 147 mil euros (!!!), em 2020.
- Os bits são um conjunto de gemas que servem como moeda de troca, para que os seguidores comprem pacotes de emoticons animados.
É assim: o seguidor compra um pacote de bits (ou ganha assistindo anúncios) e pode trocar pelas cheermotes, que são estes emoticons animados com a finalidade de divertir o chat, chamar a atenção de todos ou celebrar algum acontecimento da Live.
Os jogadores recebem 1 centavo por bits enviados pelos seus seguidores.
Pouco? É que tem gente que manda uns 10 ou mais cheermotes de uma vez. Levando, claro, em consideração a quantidade de seguidores e quantidade de horas assistidas (103.3 milhões só no início de 2019, lembra?).
- Agora, para se tornar um inscrito pago, os seguidores devem desembolsar R$26,50 no primeiro mês e continuar pagando R$22,99 nos meses posteriores.
O streamer ganha cerca de 50% do valor por escrito (bom, não?).
E dá pra gastar mais 😉
Seguidores também podem optar pela assinatura do Twitch Prime que, além de poderem realizar inscrições grátis, também podem:
- Ter cheermotes exclusivos;
- Acessar jogos selecionados e presentes exclusivos;
- Poder dar estes presentes para amigos;
- Colocar mais cores no seu chat;
- Adquirir distintivos de Chat Prime (como se fosse check azul do Instagram);
- Guardar transmissões gravadas.
O player 2 do jogo fica com as Empresas
O Twitch é um prato cheio para os marketeiros!
Como público principal, a plataforma (praticamente) de jogos tem jovens de 16 a 24 anos (41%, segundo a Global Web Index). Desconsiderando o Tabu de que apenas homens jogam, a Twitch tem uma grande quantidade de público feminino!
E como vimos que a interação de Jogadores e Seguidores é o que faz a plataforma ser a melhor escolha gamer, fica mais natural para as empresas anunciantes realizarem suas propagandas.
Ah, tendo também como facilidade a oportunidade de levar o público para os seus domínios, como os e-commerces.
Logo, pode-se dizer que a Twitch é a porta de entrada para muitos jogadores analisarem os jogos antes de resolverem comprá-los.
Ou seja, o poder máximo da segmentação!
Eis que ficamos pensando se o videogame poderia ter entrado como um dos 13 hábitos saudáveis para se criar uma rotina produtiva no home-office.
Até porque…se a gente já sabe que jogar pode relaxar, ganhar dinheiro com jogo deve deixar o dia a dia bem mais tranquilo, não é mesmo? =)
