Toque humano: nossa primeira forma de comunicação. Em um único toque podemos encontrar segurança, proteção e conforto.
O toque nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando estamos tristes e com medo, além de nos despertar sentimentos.
A verdade é que o ser humano precisa ser tocado por quem ama quase como precisa de ar para respirar e, mesmo precisando tanto deste gesto, só percebemos de sua importância quando o perdemos.
O “estar perto” é urgente nessa pandemia e, ao mesmo tempo, proibido.
Mas quem disse que deixaríamos isso nos afastar?
Se a vida te afastar, lute por cada centímetro!
Quem disse que alguns metros de distância nos afastaria de fato?
Substituímos o toque por solidariedade, por gestos de ajuda que nos aproximam e amparam mesmo a distância.
Repare: foi neste momento de isolamento que a solidariedade se multiplicou entre os indivíduos.
Seja um vizinho oferecendo ajuda para fazer mercado para aqueles que são de grupos de risco, seja por lives de entretenimento e outras diversas iniciativas que se espalharam pelo país diante do coronavírus.
Afinal, não é sobre o distanciamento, mas sim sobre o que estamos fazendo com ele.
A tecnologia dando aquela mãozinha
Imagine se no meio desta pandemia existisse um aplicativo que indicasse locais que estão fazendo doações de comida? Já pensou?Aí vai uma boa notícia: eles existem!
Não só existem como já estão sendo utilizados por famílias carentes das periferias de São Paulo.
O app RAH (disponível para Android) é uma resposta da Rede de Apoio Humanitário nas e das Periferias para enfrentar as desigualdades sociais que aumentaram em uma grande escala nas periferias de São Paulo devido ao avanço da pandemia.
No aplicativo, essas famílias carentes conseguem acesso a um mapa que indica mais de 70 locais espalhados por São Paulo (incluindo as regiões de norte a sul, leste e oeste) que estão fazendo doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza.
Quantas pessoas você conhece que querem ajudar e se sentem de mãos atadas com o isolamento social? Com o distanciamento, ficou ainda mais difícil chegar a todas essas famílias, então o APP conecta e aproxima o solidário de uma boa causa.
“A gente reforça a proposta de aproximar o doador e doadora dos lugares de vulnerabilidade e risco social”, afirma Jesus do Santos, morador do Parque Edu Chaves e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do RAH.
A falta de toque se transformou em solidariedade
O distanciamento despertou nas pessoas uma necessidade absurda de demonstrar ajuda. Um gesto de solidariedade é quase um grito querendo dizer “ESTOU AQUI, VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO”.
O toque se transformou em gestos DO BEM, e sabemos que isso é só o começo de uma nova era onde a nossa forma de estender a mão se transformará em necessários gestos solidários.
Até a próximo #trammitdobem!