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RD Summit 2019: insights poderosos!

O que tirei de lição das palestras do maior evento de marketing e vendas da América Latina?

O RD Summit 2019 superou expectativas em todos os sentidos. Se no post anterior falei sobre estrutura, organização e atmosfera, hoje é dia de conteúdo

Cada um tira das palestras insights baseados em suas dores, seu momento, sua posição, etc. E, claro, trouxe aqui alguns que realmente me impactaram e me deixaram sem dormir esses dias.

A verdade é que, quando o comportamento humano muda, tudo muda. E quem não muda, dá tchau.

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Confira!

MARCOS PIANGERS: O futuro do trabalho e o trabalho do futuro.

Fora o carisma inegável, Piangers trouxe algo extremamente valioso para discutirmos: é possível ser feliz no trabalho?

Em sua reflexão, baseou-se em pesquisa bem interessante, com insights assustadores e preocupantes:

– 98% dos trabalhadores estão cansados;

– 63% não estão engajados no trabalho;

– 75% consideram seus chefes estressantes.

 

Afinal, o que fazer com essas informações? Parece que ignorar seja um grande tiro no pé.

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Em diversos depoimentos revelados, Piangers fica claro o quanto a disruptura do modelo tradicional do trabalho é fundamental: trabalho remoto, mudança de estrutura de hierarquia, flexibilidades… tudo isso traz no colaborador um sentimento de gratidão, gerando mais produtividade.

Outro fator marcante foi a amostragem de pessoas que estão buscando por propósito e cultura das empresas.

Topam ganhar menos até, desde que tenham orgulho da camisa que vestem, dos valores da organização, do quanto se sentem prestigiados.

E o mais importante: o quanto podem aprender ali dentro.

Em um dos insights mais sensacionais da palestra, nos apresentou a política do Google de contratação, que mostra bastante essa nova tendência.

O último critério ficou com conhecimentos técnicos, ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Antes disso, valores humanos como gentileza, curiosidade, espirito de equipe, etc.

A vida toda fomos condicionados a ter o cérebro mais treinado e brilhante possível.

Pois é, chegou a era do coração. É ele que vai leva-lo para as melhores oportunidades.

ANN HANDLEY: Opening session.

Conhecida como “a rainha do marketing de conteúdo”, Ann Handley abriu o segundo dia do RD com uma palestra envolvente, informativa e muito divertida. Com analogias interessantes, retratou um alerta importante:

– 73% das empresas estão produzindo mais conteúdo do que há um ano atrás;

– Apenas 35% sabem se a estratégia de conteúdo é eficaz.

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O pensamento do check-list, do “já postei”, “já enviei o e-mail”, precisa ser quebrado. Estamos esquecendo de ouvir nossa audiência e entender seus problemas, suas dores, e tratando conteúdo como cumprir tabela de frequência.

A palavra mais utilizada por Ann foi “desacelere”. Ela pede paciência, calma. Entender o público exige observar, escutar.

Entre as campanhas citadas, uma interessante foi da marca Case, feita para colecionadores de faca.

Quando foram realmente entender e estudar seu público, descobriram que cozinheiros, artesãos, artistas e “pessoas comuns” eram clientes e estavam sendo esquecidos. Sem essa informação, como você vai acertar na conversa com seu público real. 

Um outro ponto alto foi a real importância do conteúdo de uma newsletter para nossos clientes. Criar um diálogo direto, direcionado, a força da voz… Como exemplo, mostrou a forma de Warren Buffet escrever seus e-mails para acionistas – simulava que estava escrevendo para sua irmã.

Era uma forma de deixar a linguagem simples, carinhosa e explicativa. A lição é que, quando conseguimos nos conectar e nos importamos com quem está do outro lado, realmente criamos laços.

A fórmula de Ann para uma newsletter de qualidade? Empatia do Cliente + História verdadeira contada ao longo do tempo + Em voz humana. Em resumo: Verdade + Afinidade.

EDNEY SOUZA: O fim da era dos likes.

Esse é um velho conhecido da minha jornada no Marketing Digital. Tive a oportunidade de ter aulas com Edney Souza, conhecido por “Interney”, de métricas na ComSchool.

Nesse tempo, já vi umas três palestras do mesmo, e o que me impressionou foi o repertório: cada uma com um tema bem diferente e atual.

Nessa palestra o ponto mais alarmante não foi somente a desmoralização dos likes, que é um índice “fraco” no quesito engajamento. Compartilhar, se envolver, sempre fizeram muito mais sentido, não é mesmo?

A questão principal para mim foi a força que os mecanismos de voz já tem. Ou seja, não estamos mais falando de uma tendência, mas de uma realidade. 

“Nos EUA cerca de 30% das resistências tem assistente de voz, podendo chegar a 50% ao final de 2019.” Ah, mas isso parece distante no Brasil, né?

Prepare-se para cair da cadeira: 34% dos brasileiros já utilizam dessa prática de forma corriqueira.

O que é interessante nisso tudo é que, com o comando de voz em jogo, tudo muda. Muda a forma de busca no Google, muda a vida das pessoas (mãos livres, por exemplo), surgem as inteligentes.

Outro ponto é que a voz é mais inclusiva, eliminando dificuldades motoras, alfabetização, visão, etc.

Edney mostrou também um vídeo bem impressionante, em uma apresentação da funcionalidade do Google Assistant.

Imagina você pedindo ao assistente para agendar o seu corte de cabelo em um salão específico, em um horário determinado. A habilidade de comunicação e negociação de horário é realmente surpreendente.

Confira: https://youtu.be/Nqhyc8_dwvE

Cristiano Santos: LinkedIn de A a Z

Outro grande professor que tive a oportunidade de encontrar em um curso na ComSchool. Já adianto: Cristiano tem um dom da oratória e carisma fora do comum. Tanto na aula como na palestra, o resultado foi o mesmo: público prestando atenção, interagindo e se emocionando com sua história de vida. Sabe aquele cara que você torce pra se dar bem na vida? Está aí uma qualidade que não é para qualquer um, pois para isso precisa de um valor muito importante: a verdade. Você não consegue enganar seu público por tantas vezes e exposto da forma que está nas redes sociais.

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Falando da palestra em si, ele trouxe alguns dados do Linkedin e frases bem impactantes, para repensarmos a forma que utilizamos essa rede.

Além de dicas práticas de ações necessárias, como criar conteúdo e nos relacionarmos constantemente, assim como cuidado com ortografia, foto de perfil, buscar (e fazer) recomendações, participar de grupos relevantes e etc.

Um insight poderoso de sua palestra foi a voz dos CEOs e diretores ganharem mais força do que as marcas, em muitos casos.

Como o Linkedin permite você ficar “amigo” do CEO do Mc Donalds, por exemplo, nada melhor que ele próprio disseminar o conteúdo relevante e forte da marca, com uma linguagem mais humana e mais parcial. Está aí uma oportunidade e um bom caminho para criarmos relações nessa rede.

Camilo Coutinho: Videomarketing – otimização e dados na criação de uma estratégia que vende.

Camilo Coutinho é um showman especialista e estimulador da produção de conteúdo em vídeos.

Em sua palestra, mostra o quanto o processo pode ser mais simples do que todos imaginam, e que basta alguns passos importantes para conseguir produzir vídeos funcionais, sem grandes investimentos.

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Um dos pontos que ele mais bateu foi na questão de volume e qualidade. Principalmente a motivação do vídeo: realmente ele faz sentido para seu público? Você está falando diretamente com ele?

Em uma metodologia chamada “Roteiro Chicote”, Coutinho ensina um passo-a-passo simples para montar um roteiro eficaz.

1.      Título, descrição e tags: se você não levar isso a sério, esqueça um bom resultado na busca.

2.      Thumbnails: é fundamental para chamar a atenção e conseguir cliques (cuidado com os formatos menores, e foque sempre que a imagem tenha olhos-emoção-curiosidade). Obs: 60% das intenções do clique vem dos Thumbails!

3.      Formatos: aplique diversos formatos, testando em diferentes mídias.

4.      Hashtags: não foque somente nas hashtags mais populares. Camilo sugere uma fórmula por grupos de hashtag. Por exemplo, 5 entre 10k e 25k; 5 entre 25k e 50k; 10 entre 50k e 100k; 5 entre 100k e 500k; 5 entre 500k e +1M.

5.      Analytics: sempre analise suas campanhas, as boas práticas, o que funciona e o que não funciona.

Raphael Lassance: Hacking the system – como influenciar milhões de pessoas com táticas não convencionais

Em uma palestra com uma temática bastante ousada, Lassance trouxe uma campanha política internacional (sigilosa) que participou, e que garantiu uma grande virada em eleição presidencial.

Sei que está curioso, mas o único spoiler é que se tratava de um país da América Latina.

O quanto tem de ética ou não nisso? De acordo com o mesmo (e concordo), todas as interações com o público foram feitas de forma limpa: convidavam as pessoas a participarem de enquetes, sempre com permissão.

Com dados públicos e conquistados na campanha, mapeavam estratégias, entendiam dores diferentes e criavam personas para aumentar engajamento.

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A busca da sua equipe era encontrar pessoas indecisas e também os decididos a favor. A questão é que, nesse país em específico, o voto não é obrigatório. Ou seja, não basta a intenção: tem que levantar a bunda do sofá.

Com a analogia de “onde a presa bebe água”, Lassance exemplificou a importância de ouvir e direcionar os planos do governo para cada tipo de dor, em grupos.

Exemplo: imagina que você seja contra a legalização do aborto e a favor da política de cotas raciais. Se o plano de governo do candidato for a favor das duas causas, a conversa com você vem do assunto favorável, ou seja, ele vem falar contigo sobre o seu plano de cotas.

Começar a conversa com algo que o próximo concorde é uma estratégia de comunicação e humana em todos os sentidos. Desde quando você vai encontrar um par pela primeira vez, e faz uma pesquisa do que tem em comum para iniciar o papo, como o capricho do primeiro parágrafo de uma redação (se ele não tiver uma verdade direta com o público alvo, a leitura termina por aí).

Voltando para a campanha realizada, toda a estratégia aplicada, com dados, métricas, relatórios, ajustes… gerou um resultado incontestável.

Rodrigo Noll: Marketing e vendas por indicação – como aumentar exponencialmente suas vendas usando apenas os clientes atuais.

O papo de Rodrigo Noll parece óbvio, mas fica sempre em segundo plano: indicamos cerca de 13 marcas por dia para amigos sem ganharmos absolutamente nada. Que tal criarmos um plano para estimular essa prática e reconhecer isso?

A recomendação é a forma mais simples e lucrativa de vendermos nossos serviços e produtos. Ele relembrou a importância do Net Promoter Score, que é nada mais nada menos que aquele e-mail “De 0 a 10, o quanto você indicaria o nosso serviço?”.

Na análise, de 9 a 10 ficam os promotores da marca; de 7 a 8 os passivos; entre 0 a 6 extremamente improváveis na indicação.

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Aproveitando os clientes que realmente gostam da gente, a ideia é oferecer um programa de recompensa. Noll citou a importância de entendermos bem a persona para direcionarmos a premiação.

Além disso, sempre evitar descontos (diminuir o nosso orçamento não vale a pena) e sempre focar em premiação em duas vias. Ou seja, o indicado e quem indica se dão bem – isso não soa uma “forçada de barra”.

Outra coisa fundamental: indicar precisa ser extremamente simples! A complicação inibe essa ação. Constrangimento em oferecer a venda por indicação?

Momentos considerados chave por Rodrigo Noll citados:

– Após responderem o NPS e gerar nota 9 ou 10;

– Após resolver um problema com excelência;

– Após construir um ciclo de sucesso (ex: uma agência de turismo, na volta de uma viagem espetacular – cliente está num momento de êxtase);

– Logo após a compra;

E o mais importante: como tudo que fazemos, o programa de recomendação precisa ser otimizado. Ou seja, devemos sempre analisar os resultados e fazer os devidos ajustes.

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Muitos insights, não é mesmo?

Compartilhe com a gente seu feedback dos pontos citados. Caso foi no RD também, deixe aqui seus insights poderosos.

Até a próxima!

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